segunda-feira, 29 de outubro de 2007


Quero a paz...

Quero mergulhar profundamente no silencio da manha
Quero sentir o ar fresco da noite preenchendo meus pulmões
Quero voar percorrendo com os olhos o caminho do arco-íris
Quero cantar do alto da montanha lançando minha voz ao vento
Quero dançar a vida dentro de um rio de água doce e cristalina
Quero sentir o doce sabor de uma fruta madura
Quero ouvir o canto dos pássaros admirando o pôr-do-sol
Quero adormecer nos braços do meu amado, meus cabelos em suas mãos
Quero sorrir e me ver refletida nos olhos do amor
Quero sonhar
Quero viver
Em paz...

Humanos Irracionais

O que é que está acontecendo com o mundo??
Os seres humanos estão cada vez mais assustadores. Tenho muito medo deles, todos eles, inclusive de mim mesma algumas vezes.
Vemos por todos os lados pessoas agindo por impulso, buscando sempre seu próprio interesse. Vivemos em um mundo que já foi infinitamente mais belo, hoje degradado pelo homem perdendo pouco a pouco sua beleza, a beira da devastação, com crises climáticas, chuvas acidas, animais extintos e outros ameaçados de extinção...
A culpa de tudo?
Do bicho homem!
O que ele tem feito para mudar??
Nada!!!!!!! Pelo contrário, faz queimadas, caça animais, corta mais e mais árvores e desperdiça água absurdamente. Enquanto isso seus filhos estão doentes porque não conseguem respirar, correm o risco de em um futuro próximo não ter água potável para beber, mas nem mesmo esses dados mudam as ações desses seres.
Tenho cá minhas dúvidas quanto a racionalidade de certos bichos homens, acredito firmemente que existem animais bem mais inteligentes do que eles.
Quer outro exemplo?
Um mundo repleto de bandidos, que roubam a qualquer hora do dia, em qualquer lugar que você esteja; estupradores, sequestradores, alguns políticos (podiam não estar nesta lista, né?), traficantes e por último, mas não menos cafagestes, os pedófilos. Vão me dizer que esse povo é racional? Eles pensam? Eu não acredito! Que "raio"de pensamento é esse?
Tirar o dinheiro suado do outro porque não conseguem conquistar o seu próprio, acabar com a vida dos outros por besteiras como tênis, boné e se não tomar cuidado até por esfihas do Habibs; abusar sexualmente de crianças para mostrar na internet que "é" o bom????
Me desculpem mas, NÃO PENSAM NÃO!!!!!!!!!!!
As feridas deixadas por esses bichos custam a cicatrizar e doem para o resto da vida. Quanto a eles, não devem nem se lembrar do que fizeram. Enquanto a vítima deita na cama e vira de um lado para o outro buscando dormir e esquecer tudo o que passou, esses desclassificados dormem profundamente com a cabeça vazia.
Será que algum dia isso vai mudar? Será que poderemos respirar ar puro novamente? Andaremos tranquilos pelas ruas de nossas cidades? Poderemos ficar tranquilos sabendo que nínguém abusará sexualmente de nossos filhos para expor fotos suas na internet? Poderemos comprar esfihas para comer com os amigos sem perigo de ser espancado por guangues e acabar sem tênis e sem boné internado em um hospital?
Tudo indica que a resposta seja não!
Vamos nos preparar para o pior... eu não acredito mais nessa raça de animal! Os seres humanus irracionales estão se multiplicando cada vez mais. Vamos pedir socorro aos outros animais, talvez eles tenham alguma coisa para nos ensinar!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Depois da tempestade...a bonança



Hoje me sinto tão leve que acho até que sou capaz de voar.
Contradizendo o que eu escrevi ha uns dias atrás... tristeza tem fim sim, e ainda bem que tem!
O que eu faria se não tivesse fim? Passaria a eternidade chorando?
Aprendi uma coisa durante essa tormenta... tristeza é prejudicial a saúde! Não quero ser triste nunca mais, nunca, nunca!
Mas ainda bem que depois da tempestade sempre vem a bonança...
O sol continua a brilhar radiante e belo aqui dentro (apesar de o dia continuar super escuro la fora). Chega de tempestades.

Te amo meu príncipe, obrigada por estar comigo!



Soneto do Amor Total

Amo-te tanto meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tão bom conseguir...


Tudo passado!!
E ainda bem que as coisas passam...
É certo que ainda me sinto um pouco assim como essa flor... frágil, com medo de que as pétalas caiam... mas serena e leve.
Hoje acordei bem, como ha muitos dias não acordava. Na verdade também dormi bem, como ha muitos dias não dormia.

Conversar faz bem para alma e para o coração! Pena que eu tenho aquele probleminha da mudez nervosa que não deixa as palavras sairem quando eu quero que elas saiam.
Acordei sorrindo com os beijos do meu amado saindo para trabalhar e posso assegurar que, apesar do dia nublado la fora, aqui dentro o sol está brilhando radiante e quente aquecendo meu coração.
Eu sei que vai ficar tudo bem, foi só mais uma pedra que guardei para construir meu castelo e ser feliz para sempre.
Aprendi que em tudo temos perdas e ganhos. Houveram perdas, sofrimento, dor... mas houve um ganho e vou lutar com unhas e dentes pra manter tudo como está!

domingo, 14 de outubro de 2007

Muda...

A gente vai levando...

Dentro do peito, apertado
O coração clama por alívio, por socorro.

A gente vai levando...

Quero falar, gritar
Espernear, esmurrar.

A gente vai levando...

Descobri que tenho um problema de nascença: Sou muda!
Só falo quando não vou ferir, quando não vou magoar, quando não vou expor, quando não vou mudar o pensamento das pessoas sobre alguém que considero importante.
Penso dez mil vezes antes de falar.
Defeito? Certamente não.
O problema é: Enquanto eu não falo, quem pensa em mim??
Quando mais preciso...esqueço como se fala.
Tão simples que é! É só abrir a boca e emitir o som...
Vai dizer isso para um mudo!
Acredito que a sensação seja parecida.
Quero muito, muito mesmo... mas, pra variar
NÃO CONSIGO!!!!

Como um rio

Ser capaz, como um rio
que leva sozinho
a canoa que se cansa,
de servir de caminho
para a esperança.

E de levar do límpido
a mágoa da mancha,
como o rio que leva
e lava.

Crescer para entregar
na distância calada
um poder de canção,
como o rio decifra
o segredo do chão.

Se tempo é de descer,
reter o dom da forças
em deixar de seguir.
E até mesmo sumir
para, subterrâneo,
aprender a voltar
e cumprir, no seu curso,
o ofício de amar.

Como um rio, aceitar
essas subitas ondas
feitas de águas impuras
que afloram a escondida
verdade das funduras.

Como um rio,
que nasce de outros,
sabe seguir
junto com outros sendo
e noutros se prolongando
e construir o encontro
com as águas grandes
do oceano sem fim.

Mudar em movimento,
mas sem deixar de ser
o mesmo ser que muda.
Como um rio.

(Thiago de Mello)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A Felicidade

Acordei pensando na tristeza que tem me consumido durante toda essa semana.
É...consumido!
É exatamente isso que ela faz com a gente... consome, fere, faz doer, sufoca...tanto que parece que agente não vai conseguir respirar, que a felicidade nunca vai encontrar o caminho de volta pra casa.
A felicidade dura tão pouco...acho que esqueceram de ensinar a ela como lançar raízes, se firmar e gritar: DAQUI NINGUEM ME TIRA!!!
Todo mundo passa a vida tentando descobrir como ser feliz , eu só queria descobrir como não ser triste... porque a tristeza dói muito, muito mesmo!

*Por favor, você que me ensinou a ser triste: traga a minha felicidade de volta!!! Mande embora essa dor que se alojou no meu peito e parece não ter intenção de sair, mas principalmente, manda a causa da minha tristeza embora... pra sempre, pra eu nunca mais ouvir falar que ela existe, pra como dizem nos contos de fadas, eu poder viver feliz para sempre, pelo menos na medida do possível.

Como disseram esses dois aí em baixo:


(Tom Jobim e Vinicius de Moraes)

Tristeza não tem fim, felicidade, sim...

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval,
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
Pra fazer a fantasia de rei ou pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

A felicidade é como gota de orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila, depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos do amor

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O Medo

Em verdade temos medo.
Nascemos no escuro.
As existências são poucas;
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
Vadeamos.
Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.
Refugiamo-nos no amor,
Este célebre sentimento,
E o amor faltou: chovia,
Ventava, fazia frio em São Paulo.
Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
Nos dissimula e nos berça.
Fiquei com medo de ti,
Meu companheiro moreno.
De nos, de vós, e de tudo.
Estou com medo da honra.
Assim nos criam burgueses.
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?
Vem, harmonia do medo,
Vem ó terror das estradas,
Susto na noite, receio
De águas poluídas.
Muletas
Do homem só.
Ajudai-nos, lentos poderes do
Láudano.
Até a canção medrosa se parte,
Se transe e cala-se.
Faremos casas de medo,
Duros tijolos de medo,
Medrosos caules, repuxos,
Ruas só de medo, e calma.
E com asas de prudência
Com resplendores covardes,
Atingiremos o cimo
De nossa cauta subida.
O medo com sua física,
Tanto produz: carcereiros,
Edifícios, escritores,
Este poema,
Outras vidas.
Tenhamos o maior pavor.
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.
Adeus: vamos para a frente,
Recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,
Eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
Dançando o baile do medo.

Drumond

O Medo

Por que às vezes sentimos tanto medo?

Essa semana fiquei a beira do abismo com a dura sensação de que cairia a qualquer momento, como se algo tivesse sendo tirado de mim. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo.

Então me bateu o medo... medo de perder, medo de não superar, medo de não saber o que fazer, medo de ser fraca e não conseguir lutar, medo de não perdoar, medo de me deixar dominar pelo medo...

Sempre pensei que em situações como essa eu reagiria de outra maneira, na verdade de qualquer outra maneira, menos como uma criança medrosa.

A verdade é que agradeci a Deus por ter me sentido assim, o medo que eu senti não deixou lugar para raiva, rancor, ou qualquer outro sentimento desses que adoecem o nosso coração. O medo se cura fácil, com um abraço apertado da pessoa amada enquanto agente chora, com uma mensagem carinhosa pelo celular.

O único problema é que esse medo que eu senti essa semana eu não quero sentir nunca mais na minha vida, nunca mais!!!!!



Apesar de tudo, agradeço a Deus por ter sentido medo e não raiva, por que agora me sinto bem melhor e acabei encontrando forças para lutar. A raiva não da forças para ninguém... O medo também não. Mas o medo agente enfrenta quanto a raiva, ela nos consome.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tenho uma coisa com essa palavra...
Amigos.
Tenho tantos, tantos...
Alguns presentes, outros nem tanto, mas nem por isso menos importantes.
Cada um tem seu jeito de conquistar seu lugar no nosso coração.
Estava pensando, talvez mais motivada pela doença que já tem me prendido em casa por quatro dias:
Quantos amigos me ligaram hoje?
Quantos me mandaram uma mensagem de carinho?
Quantos compartilharam suas realizações ou seus desejos?
Por que os adultos são assim?
Eu não sei!
Só sei que eu fui uma dessas pessoas que não ligou, não compartilhou,
Com ninguém.
É... Também virei gente grande!
Acho tão triste que seja assim...
Não é que eu queira ter um milhão de amigos me ligando e mandando cartas o tempo todo,
Sei bem que adultos não tem tempo pra isso, e imagine o que aconteceria com a conta de telefone se resolvêssemos agora, pegar o telefone e ligar para todos os nossos amigos, um por um.
A única verdade é que eu os queria por perto, todos eles.
Aceito que seja em pensamento, em intenção.
É apenas mais uma coisa que perdemos quando viramos gente grande
Tão bom ir para a escola, reencontrar diariamente os amigos, dividir o lanchinho da lancheira, se reunir para fazer trabalho em grupo comendo um bolinho de chuva feito pela mãe anfitriã.
Por que agente cresce?
Por que fica tudo apenas na lembrança e todo mundo se contenta com isso?
Não se preocupem não estou com síndrome de Peter Pan... Estou apenas passando por um momento importante de reflexão
Quanto a vocês, meus amigos, saibam que eu os estimo muito e aprecio a presença de todos vocês, ainda que não seja diariamente como nos dias da escola.
Se quiserem me mandar uma recadinho... Bem, tantas coisas mudaram. Certamente não receberei uma carta, rsrsrs. Mas se quiserem mandar um e mail, que além de tudo é mais barato que o telefonema... fiquem a vontade.