quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Uma Ausente



Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade

sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,

o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos, nem isso, voz

modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

(Drummond)


*Saudades de ti minha amiga... tu me esqueceste na correria louca da sua nova cidade caos. Foste tão importante na minha vida e agora surge sua imagem em minha mente com uma saudade taõ grande e um medo de saber que nunca mais será minha confidente porque a distância assim o quer.
Dificil aceitar... me culpas será?
Também te culpo as vezes... porque tentei reaproximar- me, mas sozinha não pude.
Amo-te como a uma irmã porque sua presença curta nos tempos da faculdade me fizeram mais forte e corajosa.
Saudades... tantas...*

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